quinta-feira, 17 de março de 2011



Eu não quero me render
Não quero compartilhar com toda essa escoria!
Eu quero lutar,
Posso ser como um exército de um homem só,
Porém não vou me render
Um dia sei que ouvirão meu grito!
Cansei de tanta corrupção e sujeira;
“Vocês” não educam o povo, para que o povo não se revolte contra “vocês”
Mas talvez estejam enganados
Talvez apenas estejamos acomodados;
Mas é que nos acostumamos
Com a vida de desempregados,
Todos nós pagamos impostos
Queremos retorno
Porém toda nossa riqueza está “naqueles bolsos”
Nos bolsos daqueles que roubam de cara limpa, terno e gravata
Aqueles que se preocupam com a nação
Mas que aumentam só os próprios salários
Mas eu estou aqui
Pronta para encarar vários anos
Trabalhando pra deixar seus impostos levarem os frutos do meu suor
E finalmente:
Ser uma aposentada passando fome
Esperando horas na fila do SUS
Para ter um atendimento precário e um diagnóstico incerto
Mas ainda terei alguma dignidade
E me orgulho disso!
Essa é a revolta transformada em silêncio
Afinal nem temos a quem reclamar
A fome está em cada esquina
Dormindo ao relento
Como será o futuro desta nação?
Nossas crianças dormem embaixo de pontes
Pedem esmolas
Pedem ajuda...
Já não temos liberdade
Esse termo pertence apenas aos bandidos
Esses sim têm autonomia pra fazer o que bem querem
E nossa realidade se torna cada vez mais distante
Do que deveria ser a vida neste país de maravilhas mil.

"Olha lá tem alguém traficando...
Socorro!!! Estão me roubando
Bota a mão na cabeça rapaz! Pá,pá ...
E a polícia matou mais um inocente".

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